Às cinco horas, ouvi uma batida insistente na porta do quarto. Encontrava-me deitado, com os olhos fechados e o braço direito descansando neles, como se isso pudesse aliviar a dor que sentia.
— Está aberta. — Respondi às batidas insistentes.
— Olavo, você está bem?
Ah, aquela voz de anjo encontrava-se preocupada. Talvez, se fizesse a dor se tornar mais feia do que estava, poderia acabar nos braços da moça, afugentando o torvelinho de emoções que me deixavam entrevado naquela cama. Sonho, apenas! Isso poderia abalar a reputação da pequena e Deus sabe o que poderia acontecer comigo, caso o pugilista descobrisse.
— Apenas uma enxaqueca. — Afirmei, tirando o braço dos olhos, focando-os nela.
— Mamãe mandou servir-lhe o chá. Quer outra aspirina?
— Talvez. — Disse, erguendo-me da cama.
&mdas