Meu coração ainda martelava no peito, descontrolado, enquanto eu corria pelo campo com as lágrimas embaçando minha visão, deixando o mundo ao meu redor se reduzia a um borrão de vergonha e humilhação. Os gritos daqueles lobos ecoavam na minha cabeça, "mãos imundas", "verme humana", "não te queremos aqui", cada palavra era como uma facada que me fazia sangrar por dentro.
Eu tentei ajudar, colocar meus sentimentos verdadeiros naqueles curativos, nas ervas que eu colhi e estudei ainda mais naqueles dois meses. Queria mostrar que era útil, ajudar de alguma forma a amenizar toda dor e sofrimento que os humanos vinham causando, eu queria que aquelas pessoas gostassem de mim como Leon jurava que aconteceria um dia.
Mas isso só serviu para ser jogada como lixo. Por quê? Por quê eles me odeiam tanto? Eu só queria fazer o bem, honrar o que meu pai me ensinou a curar e não ferir.
A reserva, que deveria ser meu novo lar, era uma prisão de olhares hostis e sussurros venenosos, me fazendo sentir co