A festa parecia não ter fim, com risadas altas, o tilintar de copos e o crepitar das fogueiras. Todos comiam, bebiam e dançavam, como se o mundo lá fora não existisse, mas eu estava exausta. Não do cansaço físico, era algo mais pesado que se instalava no meu peito e tornava cada sorriso um esforço enorme.
Depois que Leon saiu com meu pai eu não tive ninguém com quem conversar, ninguém ousou se aproximar de mim, era como se nenhum deles me quisesse ali. Os olhares que eu recebia eram frios, alguns disfarçados com sorrisos que não alcançavam os olhos, outros eram descaradamente hostis. E Kaian... meu marido, parecia mais interessado em rir com seus amigos e brindar com os anciãos do que passar um único minuto ao meu lado.
Sentei-me sozinha em uma das mesas de madeira, o vestido da minha avó pesando mais do que deveria, como se carregasse o peso de tudo o que eu estava sentindo. Meu coração se apertava a cada risada que ecoava, a cada grupo que se formava sem mim.
Eu não pude convidar ni