Lua olhou por um momento e de repente começou a rir. No começo era um riso silencioso, mas logo ficou mais alto, se transformando em uma gargalhada estrondosa. Antes, quando via Eduardo sofrer ou ser maltratado, ela ficava com o coração partido, mas agora sentia apenas prazer. Se ele não queria amá-la, então que a odiasse, parecia não ser uma má ideia. Pelo menos assim ele nunca a esqueceria.
Ao pensar nisso, Lua riu ainda mais alegremente. Na manhã seguinte, ela se arrumou, trocou de roupa e se preparou para ir trabalhar.
Assim que chegou ao térreo, Lua viu Rui e Theo sentados na sala de jantar, franzindo a testa enquanto a observavam.
Os olhos de Rui estavam cheios de repulsa e impaciência, e ele disse em tom frio:
- Por que está se arrumando tão cedo? Ainda quer manchar a reputação da família Gamarão da noite passada?
Lua sorriu, levantando o canto dos lábios, e respondeu indiferente:
- Pai, estou indo trabalhar. Mesmo se eu ficar em casa o dia todo, as pessoas ainda vão falar pel