Antes que Malom pudesse responder, o som de linha ocupada ecoou no telefone. Ele ficou paralisado por um instante, até que seus olhos se estreitaram, assumindo um brilho frio e ameaçador. Ela teve a ousadia de desligar na cara dele? Muito bem.
Foi interrompido por uma batida na porta. A secretária entrou com passos hesitantes, percebendo a expressão sombria de seu chefe e baixando o tom da voz:
— Sr. Malom, o Sr. Lorenzo pediu que o senhor vá até o escritório dele.
Malom franziu o cenho e respondeu com um tom cortante:
— O que ele quer comigo?
Nos últimos dias, desde que Lorenzo tinha assumido temporariamente o controle do Grupo Amorim, não fazia outra coisa senão apontar erros nos projetos de Malom, humilhando-o em reuniões e desafiando suas decisões. O simples nome de Lorenzo já fazia o sangue de Malom ferver.
— Eu… não sei, senhor.
— Inútil! — Disparou Malom, elevando a voz de repente. A secretária deu um pequeno salto, claramente assustada, e abaixou a cabeça em silêncio.
Respirand