A casa tava em silêncio, só o som da respiração dela e do vento lá fora. Selena fechou os olhos, tentando achar algum pedaço de paz dentro do caos que virou tudo. Mas mesmo ali, longe de Flávio, ainda sentia a presença dele... era como se o vínculo puxasse de dentro. Como se a alma dela tivesse sido amarrada sem permissão.
Ela queria gritar. Mas não saía som. Só o silêncio. Um silêncio que doía mais do que qualquer barulho.
Zac bateu de leve na porta. Não entrou, só falou do lado de fora:
– Fiz um chá. Tá na cozinha... se quiser.
– Obrigada – ela respondeu, baixo, mas com gratidão real na voz.
Minutos depois ela foi até a cozinha. As mãos tremiam. O cheiro do chá era bom, reconfortante. Zac não estava lá, ele tinha deixado ela respirar. Isso... isso fazia toda diferença.
Sentou à mesa, encarou a xícara por longos segundos antes de tomar um gole. E ali, pela primeira vez em dias... sentiu o calor do chá esquentar um pedacinho do peito que não tava totalmente morto.
Mas antes que pudess