POV: AIRYS
Pulsei sobre o colo dele, sentindo as coxas firmes sob as minhas, meu corpo latejando em um ritmo que não me pertencia mais. Era como se cada parte de mim gritasse por algo que eu não tinha coragem de nomear. Algo que queimava por dentro, feroz, faminto. Algo que eu não deveria querer.
Daimon tombou a cabeça devagar, os olhos cravados em mim como se lesse cada centímetro da minha alma. Sua língua passou pelos lábios, lenta e provocante, enquanto os olhos percorriam o meu rosto com aquela intensidade sombria que me fazia prender a respiração. Sua mão permaneceu no meu quadril, apertando com força e movendo meu corpo sobre o dele com um comando mudo, mas claro. Ele queria que eu sentisse. E eu sentia.
O silêncio era denso, preenchido apenas pelo som das nossas respirações entrecortadas. O ar parecia mais denso, quente demais. A pele do meu pescoço formigava, os pelos do braço eriçados. Eu tremia, mesmo que o calor do corpo dele estivesse me cercando por todos os lados. Minha