POV: AIRYS
Arfei. Meu corpo inteiro reagiu ao seu timbre rouco. Era como ser tocada por dentro. Arrepios correram pela minha pele, e tive que morder o lábio para não gemer ali mesmo.
Ele declarou com uma naturalidade que beirava o fascínio, tão contrastante com a brutalidade que exalava em cada movimento. Sem sequer me dar tempo de reagir, deslizou a mão pela base da minha coluna e me guiou para dentro.
Seu toque era possessivo, quente, e me fez arfar discretamente, maldito. Sabia exatamente como me conduzir sem precisar dizer nada, como se meu corpo fosse uma extensão da vontade dele.
Os trigêmeos dispararam para o interior da mansão, soltando aquelas expressões típicas que só crianças conseguem vocalizar com tanta sinceridade:
— Uau!
— Nossa!
— Caramba!
Corriam, apontavam, tocavam nas paredes, explorando cada canto, sem nem perceberem a tensão que ainda vibrava entre mim e Daimon como um fio elétrico exposto.
Subimos as escadas, ele mantendo a mão firme em minha cintura, os dedos pr