Mundo ficciónIniciar sesiónIsadora andava de um lado para o outro em sua sala no grupo Valli, os saltos finos do scarpin marcando um barulho irritante no chão, cadenciado, sem ritmo, quase como se cada passo fosse um estalo contra os nervos de quem escutasse. Separadas apenas por uma porta de compensado, Carolina se mantinha atenta, o corpo ereto na cadeira e os ouvidos voltados para dentro. Já conhecia os sinais da fúria ou da angústia de Isadora: o andar apressado, o som repetitivo dos saltos, os suspiros curtos.
A cena se interrompeu com a chegada de Úrsula. Carolina não precisou anunciar. O simples deslizar da porta denunciou a entrada da meia-irmã, impecável como sempre. Os lábios pintados de um vermelho marcante, o cabelo negro em ondas modeladas caindo sobre os ombros, e um ar de quem poderia ir direto para um evento de gala sem precisar trocar de roupa. Carolina apenas acenou com a cabeça em cumprimento, porque não havia necessidade de palavras.Ao vê-la, a tensão de Isadora se inten






