51 - De Vilarejo em Vilarejo

Katherine

Termino de comer a terceira, ou quarta, fatia de bolo de chocolate que Anne me obrigou a consumir e solto um suspiro, minhas mãos se fechando imediatamente ao redor de uma caneca enorme de café que ela coloca a minha frente.

- Não há a menor chance de isso dar certo. - Anne fala, seus lábios franzidos de preocupação, seu olhar me repreendendo e dizendo que estou fazendo tudo errado.

- Como não, Anne? - Tomo um gole do café, sentindo-me melhor imediatamente. - O povo, o meu povo, precisa ver quem os governa. - Digo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Por que acha isso? Por que acredita tanto que “seu povo” precisa te ver que vai colocar sua vida em risco? - Olho para Alicia, perguntando-me, pela milésima vez, por qual motivo resolvi contar meus planos na frente dela.

- Olha só, não palpita. Não era nem para você estar ouvindo isso. - Retruco, como uma criança.

- Eu não pedi para ouvir. - Ela joga os cabelos por cima dos ombros, mas noto que suas bochechas co
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