Paris, 1846
Dois anos em Paris não servira para amenizar o remorso de Killian, que seguia em sua missão de afogar sua culpa por sua irresponsabilidade indo a festas e se embriagando.
Killian voltava para casa ao amanhecer após uma noite inteira regada a mulheres e bebida, seguia cambaleante pelas escadas quase derrubando seu valete ao tentar lhe entregar a bengala e o chapéu. O criado o avisou sobre as correspondências do dia e enfatizou que a condessa enviara uma carta urgente para o filho. Killian desconfiou ao ouvir que sua mãe escrevera para ele, a mulher nunca nem sequer notara a existência do filho, o ignorava bem como ignorava Hellen. Como não estava em condições de interpretar qualquer mensagem escrita por qualquer um, decidiu ler a missiva quando estivesse minimamente sóbrio.
Já era quase noite quando Killian, enfim, acordou. A