38. PESADELOS RUBROS 1
POV: CARINA
Salto ao receber o primeiro balde de água fria, ainda no pátio.
Há gente assistindo, e devo ser mais orgulhosa do que pensei, pois quero morrer.
Não sei ao certo quantas vezes quis morrer hoje, as ideias vai e vem numa frequência difícil de controlar.
Saltar do parapeito.
Quebrar um vaso e usar os estilhaços.
Desejar que Embry erre a dose do sedativo, assim a natureza fará o trabalho.
A sujeira se acumula aos meus pés, e elas só param de atirar mais baldes de água quando a poça se torna limpa.
Sou guiada para um cômodo grande, ignorando os sussurros atrás de mim sobre “como esse saco imundo de ossos conseguiu a atenção do príncipe.”
Meu estômago ronca, talvez por isso me sinto tão fraca e a luta se foi.
Só Nathaniel tem a chave da corrente, e deve ter entregado para elas, pois antes de ser empurrada para uma banheira enorme, mas rasa, ouço o clique do metal sendo aberto e o peso é retirado. Suspiro de alívio, tocando a camada grossa de emplastro de ervas que cobria os feri