A manhã do casamento nasceu caótica e carregada de tensão. O céu estava limpo, e o ar trazia a brisa fresca das montanhas, mas dentro do aposento reservado para Selene e as madrinhas, o clima era outro. Quando as mulheres se depararam com a noiva, o choque e o desespero tomaram conta.
O cabelo de Selene, que deveria estar perfeitamente modelado em ondas suaves, estava um desastre. O cloro da piscina havia feito seu trabalho cruel: as pontas estavam secas, e os fios, opacos e desalinhados. As mulheres se entreolharam como se estivessem diante de uma calamidade.
— O que foi que você fez, Selene? — bradou uma delas, segurando uma mecha do cabelo da noiva como se fosse uma prova do crime.
— Entrou na piscina? — outra perguntou, com olhos arregalados.
Selene tentou se explicar, mas foi abafada pelo burburinho de repreensões e suspiros angustiados. Puxada para a cadeira diante do espelho, foi cercada por mãos ágeis que se revezavam entre secador, escovas e produtos restauradores. A cada nov