Após a acalorada discussão no escritório, Bryan subiu ao quarto e, sem demora, tomou um banho. A água morna escorria por seu rosto enquanto ele tentava apagar as palavras ríspidas que haviam sido trocadas com o pai. Assim que terminou, vestiu-se, pegou o celular, as chaves do carro e saiu. Ao surgir no corredor, deparou-se com a mãe, que o aguardava com uma expressão preocupada.
 — Bryan, aonde vai? — perguntou ela, cruzando os braços.
 — Vou encontrar uns amigos.
 Justine suspirou profundamente.
 — Você devia estudar e tentar recuperar suas notas.
 — Para quê? — Bryan parou e, com um olhar desafiador, retorquiu. — A senhora quer que eu viva estressado com o trabalho, igual ao meu pai?
 A resposta a pegou de surpresa, mas ela manteve a serenidade.
 — Meu filho, se não está gostando de cursar economia, escolha outro curso. Não é tarde para mudar de caminho.
 Bryan balançou a cabeça, claramente impaciente.
 — Quero jogar futebol, mãe. É isso que quero fazer da minha vida.