Kevin não parava de caminhar de um lado para o outro no corredor do hospital. O seu olhar estava fixo na ex-mulher, que tinha as mãos apertadas nas bordas da saia e os olhos baixos.
— Tudo isso é culpa sua! — A voz estava ficando mais rouca de tanto berrar. — Que tipo de mãe deixa o filho correr na frente de um carro?
— Eu me distraí por um segundo e Bryan correu para pegar a bola.
— A culpa é toda sua, Justine!
Kevin não compreendia que ela sacrificava a sua juventude enquanto trabalhava em dois empregos para cuidar do filho. A constante reprovação de Kevin apenas agravava a dor de uma vida já complicada por si só.
— Bryan estaria em um hospital melhor se você tivesse concordado com a porra da transferência. — A voz de Kevin se fez ouvir novamente.
Justine se concentrou em seus sapatos surrados, como se ela pudesse encontrar alguma resposta ali. O silêncio dela parecia uma defesa mais forte do que qualquer argumento. Kevin parecia não se importar com a luta silenciosa dela; sua