Ele fitou seus olhos surpresos, mais lágrimas se desprenderam de seus olhos castanhos. Aurélio levou suas mãos aos lábios, as beijando com carinho.
- Você estava lá? – ela assentiu com a cabeça. – Por que não veio falar comigo.. eu estava desesperado.. Não, eu sei porque não o fez, filha. Não dei motivos para que confiasse em mim, deliberadamente me afastei de você.
- Você me abandonou, pai... – Amélia sentiu suas emoções transbordarem. Lágrimas quentes escorreram livremente por seu rosto, e ela não se importou de mostrar o quanto esse abandono a destruiu. – Eu só tinha você... só você... e você...
- Não chore, por favor não chore mais querida. – Aurélio se ajoelhou frente a ela. – Eu não tive escolha, filha. Sua mãe queria te educar da maneira dela, e não aceitava o jeito que eu lidava com você. Sua mãe me deu ultimato, se eu não ficasse do lado dela e abrisse mão do controle da sua educação, ela iria embora para o exterior com você.
- Ela... ela te chantageou? – Amélia pergunto