O escritório estava na penumbra. Acendeu as luzes e caminhou até a mesa de carvalho. Se sentou na cadeira alta e macia, pronta para revisar sua apresentação.
Se lembrava de deixar os papeis dentro de uma pasta na primeira gaveta da mesa, mas quando foi pegar a mesma, seu braço esbarrou em uma pasta preta que estava sobre a mesa.
Seus olhos pousaram sobre uma pasta escura embaixo de alguns documentos.Alguns papeis saiam para fora dela, e em parte deles era visível um pedaço de uma imagem que parecia de jornal ou revista.
O sangue ficou congelado em suas veias. Uma mão masculina, com um anel único, feito sob encomenda. Reconheceria aquele anel mesmo que estivesse com cem anos.
O pedaço da imagem era do braço de Fernando, ele usava o anel de família herdado por seu avô. Suas mãos gélidas e trêmulas tocaram a pasta, puxando-a para cima.
Amélia fechou os olhos por alguns instantes.
“Por favor, por favor, que não seja isso! Tudo menos isso!”
Uma dor de cabeça nauseante tomou conta dela, enq