Na calada da noite, quando o hospital esvaziava e os corredores ficavam em silêncio.
Laura aguardava sentada, enquanto Lorenzo ia buscar o remédio que ela deveria levar para casa.
De repente, uma sombra se aproximou, Laura viu aos seus pés um par de sapatos de couro feitos à mão.
Ao levantar o olhar, encontrou o rosto inexpressivo de Sandro. Ela hesitou por um momento antes de baixar a cabeça, optando por permanecer em silêncio.
Sandro havia se contido durante todo o caminho, atormentado pela imagem de outro homem abraçando Laura. Ele se apressou até o hospital, também querendo saber como ela estava, mas o desinteresse dela em vê-lo ou falar com ele o deixou furioso.
Ele a puxou bruscamente:
- Pelo visto, você está muito bem, nem precisava vir ao hospital!
Laura foi de repente puxada para os braços de Sandro, perdendo o equilíbrio. A pressão repentina fez com que seu pé machucado doesse ainda mais.
Ela exigiu com voz alta:
- Me solte!
A luta dela só o irritava mais, ele a encarava,