As mãos de Eric tremiam enquanto ele segurava as fotos, mas não de raiva, e sim de uma estranha quietude. Nelas, Aitana sorria, um sorriso que agora lhe parecia tão alheio quanto o de uma estranha.
A tela que havia sido seu relacionamento se despedaçava, não pela dor da perda, mas pela revelação do nada. O vazio que antes ele havia sentido não era por sua ausência, mas pela falta de algo real a perder. Mas hoje, esse vazio não existia. Não havia dor, não havia lágrimas. Apenas a irritação de se encontrar com esses fantasmas que ele pensou ter banido para sempre.
Com um arroubo de frustração, ele atirou as fotos no chão. O som dos papéis se espalhando pelo chão foi um eco oco de sua decepção. Por que ainda estavam ali? Por que não tinham ido embora com o resto das lembranças? Ele se abaixou, as pegou com uma fúria silenciosa e as jogou no cesto de lixo, como se fossem os últimos restos de um banquete envenenado.
Ele se deixou cair na cama, olhando para o teto, um painel branco que pare