Poderia arriscar a dizer que não suportava mais acordar naquele maldito lugar. Era o quinto dia desde a última e estranha visita de Thomas à nossa cela. Mas as torturas não haviam parado. Dia após dia eles buscavam arrancar alguma informação útil de nós duas, porém sem obter qualquer êxito. A demora em achar alguma saída daquele lugar estavam fazendo-me enlouquecer aos poucos. Eu já não enxergava uma saída plausível diante daquele inferno. As marcas em meu corpo falavam por si mesmas. Cicatrizes de uma época que jamais seria esquecida.
— Eliza, está me ouvindo? — Uma voz ecoou quase sem som perante aos meus ouvidos. Como um sussurro leve e calmo da brisa que costumava tocar nossos rostos. Como o sol brilhante e renascido que tocavam nossos corpos através de uma brecha presente na maldita cela em que estávamos apodr