O zunido constante das turbinas do avião preenchia o espaço silencioso da cabine. Emma repousava contra o assento de couro macio, o corpo entregue ao cansaço da viagem. Seus olhos estavam fechados, e sua respiração serena contrastava com a tempestade que estava prestes a se formar em sua mente.
A escuridão tomou conta de sua consciência, e, de repente, ela estava em um lugar que já conhecia. O chão sob seus pés era de terra seca e áspera, exalando o cheiro de poeira antiga misturada à umidade do rio que corria ao lado. O som da água era suave, um sussurro no silêncio denso que a envolvia. Ao longe, um banco de pedra solitário emergia da paisagem enevoada, e sobre ele, uma figura imponente aguardava.
Varyon estava sentado ali, os cotovelos apoiados nos joelhos, os olhos dourados fixos nela com uma intensidade que a fez prender a respiração. Havia algo de solene naquele momento, como se o próprio tempo hesitasse diante do encontro. Seu coração bateu mais forte.
Engolindo em seco, ela av