Hugo permanece no chão, imóvel, não pela queda, mas pelo peso esmagador da palavra que ressoa em sua mente como um martelo impiedoso. O som reverbera dentro dele, se enroscando em sua alma como um veneno lento, corroendo suas entranhas, golpeando seu coração com força bruta.
Vivienne é a prova viva de sua humilhação, a lembrança incessante de tudo o que ele falhou em ser. Sempre desejou vê-la sofrer, despedaçá-la até que não restasse nada além de ruínas. Mas nunca teve essa chance. Não por falta de vontade, mas porque, mesmo com toda a frieza e crueldade de Florence, ela sempre a protegeu.
Mas agora, agora, tudo mudou. Desta vez, Florence o havia dado carta-branca. E a simples ideia de finalmente poder erradicá-la de sua vida faz um sorriso sombrio se formar em seus lábios.
Chega de limites. Chega de amarras.
Vivienne é o último vestígio de sua vergonha, o reflexo detestável de sua impotência e de seu fracasso como homem. E agora, ele pode finalmente apagar essa lembrança da face da