Luna
No café da tarde a tensão entre Alejandro e eu atinge seu auge. Sinto o peso do olhar dele em cada um dos meus movimentos, mesmo quando finjo não percebê-lo. Anastácia, por outro lado, está entretida com o celular, falando animadamente sobre algo que parece ser importante apenas para ela. A conversa dela ecoa no ambiente, mas eu mal consigo ouvir. Minha mente está focada em Alejandro, sua presença dominando o espaço, enquanto um misto de nervosismo e expectativa me invade.
De repente, Alejandro se levanta, seu movimento brusco chamando a atenção de todos.
— Luna — ele diz, com aquela voz profunda que faz meu corpo inteiro reagir. — Preciso falar com você.
Anastácia se empertiga e avalia nós dois.
—Siga-me. —ele diz e segue em direção a cozinha e nela eu paro, pensando que ele falará comigo ali.
— No seu quarto — ele responde, firme.
Ao meu lado, Marta fica boquiaberta, seus olhos arregalados.
— Você não pode... — ela tenta dizer, mas suas palavras morrem ao ver o olhar determinad