Não era sonho. Eu estava voltando para casa.
Uma semana depois, Leonardo dormia ao meu lado, no avião. Na poltrona de trás estavam o Rafael e a Sula e mais ao fundo Angélica e Zaila conversavam.
Não sei como, mas Leonardo tinha conseguido esconder qualquer vestígio de participação da mãe na morte de Hilal Ramazan e a polícia não os indiciou, classificando a morte como sem suspeitos.
Ele foi buscar a Zaila no dia seguinte e ficamos no apartamento, até conseguir uma passagem de volta para o Brasil. Ele estava quieto e calado, parecia apreensivo com o desenrolar dos fatos e pouco falou comigo naqueles dias. A Sula estava assustada e chorava a todo momento, trancada no quarto. O Rafael estava nervoso e acabou brigando com o Leonardo.
— Pode esquecer que a Sula não vai morar com você!
Observei o Rafael andando de um lado para outro da sala. Chegava a ser engraçado o jeito como aqueles dois se comportavam. Mas era visível o quanto eles gostavam um do outro.
— Quem decide isso somos nós e