POV GABEQuando eu vi minha esposa beijando meu irmão, fiquei sem ação, imóvel. E nunca na vida senti algo como o que sentia naquele momento. Era como se o mundo inteiro estivesse em cima da minha cabeça, tão pesado que me fazia afundar na terra. Meu estômago começou a queimar e foi como se tudo ao redor dos dois se tornasse uma tela escura, negra, surreal.Numa situação normal eu teria gritado, feito qualquer coisa a respeito daquela atrocidade, da pior traição que já vi. No entanto tudo que senti foi medo... E uma dor sem precedentes dentro do peito, como se fosse sufocar e morrer ali mesmo.Deveria ter impedido aquilo de se estender por... Caralho, quanto tempo duraria? Eu conseguiria fazer algo, sair daquela sensação de estar congelado?Olívia estava escorada na árvore e Jorel segurava sua cintura fina, os lábios devorando os dela. E eu nem precisava me aproximar mais para ter certeza de que a língua do meu irmão estava dentro da boca da minha esposa.Puta que pariu!Quando os doi
Mas... O que mesmo eu queria falar? Quem tinha errado era ela, porra! Ela tinha beijado o meu irmão! E parecia que era eu pedindo desculpas. Ou melhor, não parecia, “era” mesmo eu pedindo desculpas por ela ter beijado Jorel.- Olívia... – Nunca na vida eu disse o nome dela tão devagar, saboreando cada letra, sentindo meu coração se partir só com a possibilidade de não falar mais aquela palavra na vida caso ela fosse embora – Por favor... Abra...Não houve resposta do outro lado. E do jeito que Chuchu era eu não duvidava que não estivesse deitada, dormindo e sonhando com anjos, que certamente faziam sexo na sua frente... Se é que ela não transava com eles.Minha camisa estava manchada de sangue e eu nem sabia se era de Jorel ou meu. Sentei no chão, escorado na porta e peguei o celular, ligando para ela.Chuchu simplesmente me ignorou. Talvez eu devesse dar um pontapé na porta e entrar a força. E depois de encará-la... Dizer que... Precisava beijá-la para provar que meu beijo era melhor
- Tira a porra deste relógio! – Olívia ordenou quando percebeu que o Patek Phillippe contornava meu pulso esquerdo.Não pensei duas vezes e joguei o relógio no chão, com o tapete que decorava o chão o acolhendo.O rosto de minha esposa brilhava por conta do quanto o limpei (ou espalhei minha própria porra por ele).- Vire de costas para mim! – Minha voz foi altiva, do jeito que ela gostava.Olívia era dominadora fora da cama. Mas nela gostava de ser totalmente dominada e eu jamais entenderia aquilo. No entanto para mim era fácil satisfazê-la sexualmente, já meu instinto era dominador em todos os sentidos.Fazer sexo com Mônica nunca foi ruim. Pelo contrário, era bom demais. E ela fazia um boquete como ninguém. Mas Chuchu fez com que eu até esquece o que era transar com outras mulheres, até mesmo a que amei. Desde que a fodi pela
Beijei a cicatriz e deitei ao lado dela, ambos atravessados na cama, exaustos. Chuchu deitou a cabeça sobre os braços e me olhou demoradamente. Mordi os lábios com força, para não dizer o quanto eu a amava, esquecendo que ainda estava ferido. Meus olhos lacrimejaram de tanta dor, mas segui firme. Eu jamais confessaria o que sentia por minha esposa... Nem no meu leito de morte.- Gostou? – Perguntei, ansioso pela resposta.Ela suspirou de forma demorada:- Sim.- Vamos fazer de novo?- Na verdade não quero fazer de novo – levantou-se e cobriu-se com um dos lençóis que estavam sobre a cama – Agradeço pelos orgasmos, mas estou cansada. Poderia sair do meu quarto, por favor?Engoli em seco, incerto se tinha ouvido:- O que você disse?- Eu disse sai do meu quarto. E esqueci de falar outra coisa... – se aproximou e deu um beijo na minha bochecha – Obrigada por tudo que me ensinou. Serei eternamente grata e saiba que levarei para sem
Peguei a mão dela, retirando-a do meu corpo e apertei seus dedos com força até que ela arregalasse os olhos e implorasse:- Por favor... Está doendo!Aproximei meu rosto o bastante do dela, a ponto de sentir seu hálito morno e disse, encarando seus olhos azuis, observando a expressão de pânico:- Você não me atrai em nada. E a próxima vez que disser que minha esposa é uma vagabunda... Ou melhor, quando sequer “pensar” nela desta forma, mandarei arrancarem todos os dentes da sua boca e cortarem sua língua para que nunca mais possa falar nada na sua vida. Entendeu, Rose?Ela assentiu, uma lágrima escorrendo pela sua bochecha.- Olívia é sim uma vagabunda... Mas a “minha vagabunda”, do jeito que eu gosto. Ninguém a chamará assim novamente. E quem o fizer, pode se considerar uma pessoa morta.- Não f
- Como? Você cravou uma haste de ferro?Olívia assentiu e falou de forma tranquila:- Minha mãe estava trabalhando – olhou para todos, pouco se importando com os julgamentos – No que ela melhor de fazia, se prostituindo – sorriu e depois me encarou – Me deixou em casa, sozinha. E pediu para a vizinha me observar vez ou outra. Eu e a filha da vizinha estávamos jogando bola pelo muro que separava as casas. Era uma espécie de jogo de vôlei onde o muro era a rede. A menina, numa das jogadas, rebateu com tanta força que a bola foi parar no pátio do outro lado da minha casa. Lembro com se fosse hoje... Havia um muro de tijolos e a parte de cima era com uma grade. A vontade de me divertir jogando era tanta que decidi pular para o outro lado e recuperar a bola. Não cheguei a conseguir pegá-la...- Quem a ajudou? – A garota quis saber – Doeu muito?- Dor? &ndash
POV OLÍVIAAs palavras de Jorel me deram um nó na garganta. Não consegui sequer engolir a saliva. E o pior de tudo: foram diretamente para o meu coração.Eu não queria acreditar que era verdade. Sabia que Gabe não era uma pessoa boa, mas nunca imaginei que pudesse ir tão longe, ferrando com a vida de várias pessoas somente para se vingar de algo que meu pai fez e nenhum de nós sabia o que era.Se tivesse feito algo somente para prejudicar a mim eu até entenderia e talvez pudesse perdoar. Mas ele tinha ido longe demais. Pôs a vida de muitas pessoas em risco.O silêncio no ambiente era simplesmente mortal. E praticamente todos os olhares estavam na direção de Gabe, exceto o de Jorel e de Rael, que estavam em mim.- Não é verdade! – Gabe falou de forma firme – Jorel é um mentiroso.- Não sou um mentiroso
- Me conte sobre a mulher que você amou, Gabe! – mesmo que isto me destrua ainda mais.Gabe manteve a cabeça junto da minha e seguiu:- Ela era bonita e chamava a atenção de qualquer homem... E mulher. Desde que a vi, sabia que faria qualquer coisa para tê-la. Então começaram os olhares enquanto estávamos na aula... E poucos dias depois nos encontramos numa boate nos arredores do campus. Tínhamos alguns amigos em comum e naquela noite finalmente nos falamos e ao final dela transamos.- Você era virgem?- Teoricamente sim.- O que é “teoricamente”?- Não tinha comido uma mulher, mas já tinha gozado em algumas bocas.- Gozou na boca dela?- Sim.- Gozou na cara dela?- Sim.- Lambeu seu esperma diretamente da cara dela?- Não... – Ele estreitou os olhos e riu – Há coisas q