Capítulo 6
Em seus olhos... Rafael abre os olhos devagar. Em pé a sua frente está Celina com um olhar de preocupação evidente. — Onde estou? — perguntou olhando para os lados tentando se sentar. — Continue deitado — empurra suavemente o corpo dele até voltar a deitar-se. — Você foi envenenado. Assim que percebi os sintomas te trouxe o mais rápido possível para o hospital. — Como? Quem? — pergunta com uma ruga se formando na testa. — Natanael Jones, ele está preso. — Sem provas? — Tenho filmagens de mini drones que deixei na delegacia do momento em que cheguei. — Você é muito inteligente. Obrigado, te devo uma. — De nada, foi um prazer. Somos parceiros. — Claro. Quando vou poder sair daqui? — Vou avisar o médico que acordou — ela diz e sai do quarto deixando Rafael sentindo-se individado com ela. Duas horas depois, eles entram no apartamento indo direto para o quarto. Deitado, olha para ela que está saindo sem fechar a porta. Segundos depois ela volta com o cenho franzido. — Não tem nada no armário ou na geladeira. Vou precisar ir ao mercado, sua alimentação será balanceada até se sentir melhor. Espere aqui, voltarei logo. Ele apenas acena com a cabeça de forma afirmativa. Celina sai do apartamento levando a chave reserva. No elevador, pensou em ir a pé, mas como trará muita coisa, optou por ir de carro, por outro lado será melhor, pois voltará mais rápido. No mercado, Celina é rápida, algumas pessoas olham impressionadas para ela que observa as embalagens e os preços rapidamente escolhendo assim o que vai levar sem demora. Como está com roupas casuais alguns homens passam por ela fazendo gracejos, mas ela não olha para nenhum, o único homem que precisa de sua atenção e ajuda nesse momento e o parceiro. Seu dever é cuidar dele, o proteger, para ser exata. Com o carrinho de compras cheio, passa cada item no caixa manualmente e embala. Para sair do caixa faz o pagamento e sua passagem é liberada. Coloca as compras no porta malas e o fecha, ao se virar, três homens estão olhando para ela com um sorriso no rosto. Ela finge que não estão olhando e abre a porta do motorista, antes de entrar, um a segura pelo braço. — Está com pressa, princesa? Fique mais um pouco e seja nossa diversão. Celina olha para a mão que a está segurando e levanta o olhar devagar, até olhar dentro dos olhos dele. — Tira a mão de mim, vá procurar diversão em outro lugar. — Nossaaa... Ela é nervosinha — diz o outro que está atrás dela. — Apenas seja boazinha e vamos terminar rápido — falou colocando as mãos nos ombros dela para a segurar com força. O terceiro homem se aproxima abaixando o zíper da calça. — Vou ser o primeiro. O homem que a segura, desce as mãos prendendo seus braços para trás, o outro se aproxima tentando tocá-la para lhe erguer o vestido. Mas antes, Celina levanta o pé o acertando entre as pernas com tanta força que ele desmaia. Olhando para trás, observa o homem que a está prendendo, puxando o braço pra frente segura a mão dele e lança seu corpo num giro rápido em cima do carro mais próximo o amassando completamente, após uma breve análise, constatou que ele também desmaiou. Olha para o terceiro homem e se aproxima devagar fazendo o barulho de seus saltos ecoarem pelo estacionamento. Frente a frente, o vê tremer e suar frio, entreabre os lábios e diz: — Buuu... Sorrindo, observa ele correr gritando e caindo até sumir de sua visão. Busca em seu banco de análise os rostos, são procurados pela justiça. Vai até eles e os deixa presos em algemas até a viatura que solicitou chegar. Entra no carro, dirige sentindo ao apartamento. No caminho, encontra o homem que fugiu, estaciona o carro e corre até ele o deixando preso em um poste. Voltando para o apartamento, encontra Rafael saindo do banheiro após deixar as compras na cozinha. — Você foi rápida. — Você nem imagina o quanto. Quer tentar se alimentar? — Não, ainda não me sinto muito bem. Talvez uma água de coco — diz seguindo-a até a cozinha. Já familiarizada com a cozinha, guarda as compras no lugar. — Age como se estivesse acostumada com a casa. — Não se esqueça que tenho uma excelente memória. — Não está com fome? Eu posso preparar algo pra você — ele diz, indo até a geladeira. — Não precisa, eu vou fazer algo bem suave pra nós — ela diz, tirando os sapatos fazendo Rafael prestar atenção nas pernas compridas e nos pequenos pés. Celina escuta os batimentos cardíacos dele subirem, não diz nada dessa vez. Em seu banco de dando pode não ter nada referente ao amor, mas sabe tudo referente ao acasalamento de todas as espécies. Anda descalça pela cozinha sendo observada por ele. Corta legumes em cubos pra cozinhar no vapor e esteriliza alguns tipos de saladas, mesmo sabendo que está seguindo uma das receitas que procurou em um programa de internet está impressionada com sua agilidade na cozinha é como se soubesse o que está fazendo já muitos anos. — Você é mesmo humana? — pergunta incrédulo. — Sei que é difícil para você acreditar, mas podemos fazer exames se quiser. — Realmente é difícil acreditar — diz se aproximando dela como se fosse tocá-la. Celina para o que está fazendo e espera. Rafael segura sua mão suavemente passando o dedo por sua pele como se estivesse testando a maciez. — Parece real... — diz num murmuro. — Sinto muito. — fala soltando-a. — Tudo bem. Entendo sua curiosidade. Vou deixar a salada na geladeira, quando se sentir melhor poderá se alimentar um pouco. Tem algum computador onde posso me conectar para trabalhar? — Tem um escritório perto da sala. Venha, é por aqui. Ele passa pela sala onde tem uma porta preta, ao entrar o escritório é pequeno, mas é prático e confortável. Ele a deixa sozinha e se conecta com o sistema on-line da delegacia, descobre tudo o que aconteceu após sua saída, fica satisfeita por Natanael estar preso. Continua trabalhando por mais alguns minutos, os homens do mercado que estavam sendo procurados foram presos. Entrando mais fundo no sistema, descobre que terá que viajar a trabalho com Rafael no dia seguinte. Fica se perguntando quando serão avisados. Como se fosse uma resposta, escuta o celular de Rafael tocar e as respostas vagas dele, não se esforça para ouvir do outro lado da linha, deve manter a privacidade do parceiro. — Celina? — ele pergunta da porta do escritório fazendo-a olhar para ele. — Arrume suas coisas, vamos viajar amanhã pela manhã. — Estarei pronta.