Capítulo 11
Meu coração quase para quando o vejo, sentado no banco do motorista ao meu lado, como uma sombra sólida em meio ao caos que é a minha mente. Por um instante, acho que estou sonhando, que minha saudade e desespero estão criando essa visão.
— Kai… — O nome dele escapa dos meus lábios em um sussurro trêmulo, carregado de choque e incredulidade.
Ele está vivo. Ele está mesmo aqui.
— Bailarina… — A voz dele soa rouca, mas há algo nela que faz meu peito apertar ainda mais.
Eu sinto a força que sempre o definiu, mas agora há uma suavidade que eu não esperava.
Eu não consigo me mexer. Estou paralisada, presa entre a realidade e os fantasmas dos últimos dias. Minhas mãos começam a tremer quando tento formar palavras, mas minha garganta trava.
— Eu pensei… pensei que você podia ter… — Minha voz falha junto com uma batida do meu coração.
Eu não consigo dizer. Não consigo pronunciar as palavras, como se ao fazer isso eu pudesse atraí-las de volta para a realidade.
Ele se vira comp