Meus pés param instantaneamente quando ouço aquela voz familiar. Não tive notícias dele nos últimos quatro meses. Eu me pergunto o que ele está fazendo aqui? Minha mente está me dizendo para ir embora, mas de alguma forma me sinto enraizada em meu lugar. Virando-me, eu o encaro.
– Pai? O que você está fazendo aqui?
– Que bom ver você também, filha. – ele sorri e se aproxima de mim. Eu observo sua aparência. Suas roupas estão meio sujas e ele até parece estar bêbado. Já sinto problemas.
– O que você está fazendo aqui? – exijo.
– Por que você está me perguntando assim? – ele pergunta quase com tristeza. — Um pai não pode visitar sua filha?
Suspiro e controlo a vontade de revirar os olhos.
– Senti sua falta, Em.
– Isso é besteira! – eu respondo com raiva. – Você nunca sentiu minha falta. Eu sei que você só está aqui porque precisa de dinheiro! De novo!
– Isso não é verdade. – ele responde entrecortado. – Você é minha filha, Em, e eu te amo. Só quero que você me ajude.