Phillippo Constantinova
Ouvir as palavras duras da minha filha me doeu de uma forma que eu não sei explicar. Luciana estava tomando café satisfeita pelo que fez.
— Precisava fazer esse show? — perguntei irritado, sem vontade de comer.
— Você sabe que precisava. Eu sabia que você não teria coragem. Eu te ajudei — ela deu uma risadinha. — Vamos ter que contar para os seus pais.
— Você não vai dizer nada, quem vai contar sou eu.
— Tic-Tac! — ela bateu a mão no pulso, maldita hora que eu subi naquele apartamento.
— Bom, vou te esperar no escritório, hoje temos a reunião com o cliente daquele caso promissor — ela se levantou e me deu um beijo no rosto antes de sair.
Dona Helena passou por nós e, quando viu a cena, me olhou de uma forma negativa. Agora vai ficar todo mundo contra mim.
Antes de ir para a empresa, fui à casa dos meus pais que se surpreenderam ao me ver.
— O que te traz aqui, meu filho? — meu pai perguntou.
— Preciso conversar com os dois.
— Pelo seu semblante a coisa é séria