Lorenzo e Isabella saíram do banheiro como se tivessem emergido de um universo só deles, onde o tempo havia parado por algumas horas e tudo o que existia era toque, respiração e entrega. O vapor ainda dançava preguiçoso no ar, pairando como uma névoa quente ao redor dos dois. Seus corpos estavam úmidos, a pele rosada do calor do banho e do amor recém-feito. Os cabelos, molhados e desalinhados, caíam de forma despretensiosa sobre os rostos felizes, desarmados, reais.
Caminhavam devagar, abraçados pela cintura, com passos lentos de quem não queria sair daquela bolha de ternura recém-construída.
Lorenzo vestia apenas uma calça de flanela escura que caía solta nos quadris, deixando à mostra seu peito nu, ainda úmido, onde gotas de água escorriam preguiçosas até o abdômen. Isabella usava uma camisola de algodão clara, macia, quase transparente so