POV: LAUREN
A chuva escorria pelas janelas da clínica, pesada e persistente, como se refletisse o peso que esmagava meu peito. O som ritmado das gotas era o único ruído naquele corredor abafado, onde o ar parecia estagnado pela tensão. Meus dedos tremiam levemente, entrelaçados um no outro, enquanto eu mantinha o olhar fixo na porta de vidro fosco com o letreiro “Laboratório”.
Minha respiração estava curta. O tempo parecia arrastar-se.
— Eles não vêm... — Eu murmurei, mordendo o lábio com força, sentindo o gosto metálico de sangue. — Aquele desgraçado vai inventar outra desculpa. Vai fugir como sempre. Vai nos enrolar de novo, Henry. Ele não quer que eu descubra...
Henry segurou minhas mãos com firmeza, mas o toque foi delicado, como se me ancorasse. Seus dedos quentes contra