A noite estava calma. O relógio da parede marcava quase onze horas quando Nicolas desceu para o salão principal. A mansão, silenciosa, respirava uma paz frágil.
Lá fora, os seguranças se revezavam em silêncio, e a chama da lareira lançava sombras amareladas sobre o tapete antigo.Emily apareceu na escada com passos leves, vestida com um roupão de algodão claro.
— Eu ouvi você descer… — disse em voz baixa. — Está tudo bem, Nicolas ergueu o olhar, e por um instante ficou sem resposta?
Havia algo em Emily que o desarmava: a suavidade da voz, o olhar que misturava inocência e força. Aquele mesmo olhar que vira pela primeira vez quando ela o enfrentou, assegurando que não esconderia mais a verdade.
— Está, sim — respondeu, ainda pensativo. — Só não consegui dormir.Ela hesitou antes de se aproximar.
— Também não consegui. Ainda me sinto estranha por estar aqui, depois de tudo, e sorriu levemente. — Aqui é a sua casa agora, Emily.
Você e o pequeno E