Depois de colocar Thales na minha cama e deixá-lo aquecido, voltei para sala e liguei para Rubens, foi sorte ele estar na delegacia.
— Rubens falando. — Rubens atendeu despreocupadamente.
— Venha pra minha casa, por favor.
— Aurora? O que aconteceu?
— Não dá pra explicar agora. Venha até minha casa e não deixe que Thales saia.
— O que está acontecendo?
— Venha rápido, ele não pode ficar desprotegido.
Desliguei antes que me fizesse mais perguntas, eu não tinha tempo a perder. Saí de casa e me transformei na mata deixando partes das minhas roupas rasgadas para trás. Minha transformação foi rápida, eu ignorei a dor e me concentrei naquele cheiro enjoativo misturado ao cheiro da minha mãe.
Não foi difícil achar a direção, minhas patas afundavam na neve a cada passada veloz daquela corrida. A mata escura não era problema e o silêncio só era quebrado pelos meus rosnados. Eu sentia uma imensa fúria, mas também muito medo por minha mãe, eu precisava proteger minha família a todo custo.
O che