45. O ENGANO DE AMAYA

Enquanto isso, no hospital geral, o doutor Herrera estava sentado ao lado de Amaya, que o ouvia atentamente. Ele falava sobre a visita de Ivory e Ilán e comentava que não havia notado nenhuma mudança em mim; eu continuava gaguejando como sempre.

— Você tem certeza? Estou te dizendo que ele falou comigo sem gaguejar —disse Amaya, levando uma mão à cabeça—. Você realmente tinha que cortar a minha cabeça? Não conseguiu pensar em outra coisa?

— O que você quer dizer? Você a tinha fraturada e sangrando. O que está pretendendo agora, Amaya? Esse golpe poderia ter sido fatal; você ficou louca? Por que se autolesiona? —perguntou muito sério.

— Herrera, você sabe muito bem a situação em que me encontro pelo que fiz ao meu filho e à sua esposa; tenho que fazer com que ele me perdoe; não consegui pensar em outra coisa —disse ela, muito séria—. Até quando vou ficar aqui?

— No mínimo uma semana; esse golpe foi sério, Amaya —respondeu—; à sua idade, poderia ter sido fatal. Como se feriu?

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