10. VOCÊ ESTÁ ME ENGANANDO?
Olhei para Ilán e me sentia nervosa, embora tentasse disfarçar falando e fazendo coisas sem parar. Com certeza, antes, com uma ligação, eu poderia buscar um lugar luxuoso como eu faria, mas agora éramos pobres. Ou assim eu achava. Não queria que a mãe dele descobrisse onde estávamos ainda; por isso, não era inteligente nos hospedarmos em um hotel.
—Aqui não nos encontrarão —disse ao ver como ele me observava sem falar; era algo silencioso—. Você não fala muito. Tudo bem, não te odeio. Bem..., talvez um pouquinho.
Brinquei para ver se ele se relaxava, mas na verdade estava muito nervosa. Ele parecia estar aproveitando a vida com sua inesperada esposa, ou seja, eu, que continuava com o trabalho da casa. Sob seu olhar, fui estendendo os lençóis sobre a cama com cuidado. Com cada dobra e cada ajuste, as arestas do pobre entorno se suavizavam e o lugar começava a se sentir menos como um abrigo temporário e mais como um verdadeiro lar.
—Vê? Não está nada mal —disse, mostrando ao meu r