Na entrada da escola. Diante de tantos pais...
Meu próprio filho negava repetidamente que eu fosse sua mãe.
Insistia uma e outra vez que Vitória era sua mãe.
Mesmo com o coração já em frangalhos, sangrando por dentro, eu ainda tentava me convencer de que ele era apenas uma criança, que não tinha noção das consequências de suas palavras: — Afonso! Estou lhe dando mais uma chance de escolher! Olhe bem para mim, acalme-se, pense direito, entre eu e ela, quem você realmente deve escolher!
Todos os olhares se voltaram para Afonso.
Afonso se escondeu atrás de Vitória, com a testa encostada em suas costas: — É claro que vou escolher minha mãe.
Assim que as palavras dele saíram da boca, Vitória me lançou um olhar estranho e, em seguida, abraçou a criança, tentando ir embora: — Isso é loucura.
Claro que eu não poderia deixá-la ir, apressei-me em tentar alcançá-las. Mas alguém me bloqueou o caminho.
Eu estava um pouco fora de controle: — Eu preciso correr atrás do meu filho, vocês não podem me i