Sophia ficou chocada.
Walter abaixou a cabeça, esboçando um leve sorriso para disfarçar a tristeza em seus olhos, e pediu desculpas:
— Fui impulsivo.
— Laura é uma pintora muito famosa. Com a minha reputação, acho que nunca seria capaz de substituí-la. — Sophia deu um sorriso autodepreciativo.
Walter não insistiu.
Depois de terminarem de observar a pintura, eles saíram do ateliê e desceram as escadas. Com a visita encerrada, Sophia já deveria estar de partida.
O som dos sapatos de salto baixo de Sophia ecoava no piso de madeira da escada.
Walter, como quem conversa casualmente, perguntou:
— Foi no evento da família Santos que te vi pela primeira vez. Você é parente deles?
Sophia balançou a cabeça enquanto olhava para o chão.
— Não, foi apenas uma coincidência de sobrenomes.
Ele assentiu e, em seguida, perguntou:
— E aquele rapaz da família Moura, o Joaquim, que estava com você naquele dia? Ele é seu namorado?
A pergunta foi direta.
Por um instante, a mente