Bris
— Sinto muito, minha Lua. Você pode fazer comigo o que quiser; eu mereço. Mas juro ante todos os deuses que nunca te trai, nem me zombei de você! — pronuncia-se submissa diante dela —. Eu te amo, minha Lua. Eu te amo.
— EU PROÍBO QUE ME AME, LOBO! EU PROÍBO! —gritou Ísis, furiosa, repetindo o que Jacking lhe dissera quando ela confessou seu amor.
Sem hesitar, lançou-lhe outra poderosa descarga de energia. Mat se estatelou contra a parede com um gemido sufocado e caiu inerte ao chão.
— PARE, ÍSIS! VOCÊ VAI MATÁ-LO E A NÓS COM ELE! —ouviu o grito assustado de Ast ressoando em sua mente, e por um momento, a voz de sua loba conseguiu atravessar a neblina de sua fúria.
Ísis parou abruptamente, lutando contra o turbilhão de emoções que a arrastava. Saiu batendo a porta, sabendo que se ficasse, só mataria, e o choro de Ast em sua cabeça estava a destruindo. Em sua mente, deixou Jacking ferido, jogado no chão, sangrando por todas as feridas que lhe infligira, e sentiu-se vazia.
Enquanto corria pelo corredor, a raiva se transformou em uma maré de dor e confusão. Sabia que precisava se acalmar, mas o caos que desencadeara mal começava a se assentar em sua alma.
Atrás dela, a imagem de Mat, caído e ferido, se gravava em sua mente. A luta entre o ódio e o amor a deixava exausta, e sentiu que, além de todas as traições, seu coração ainda lutava para encontrar um caminho para a redenção.
Ísis estava tão furiosa, mas tão furiosa, que a ira borbulhante a consumia por dentro. Sabia que precisava fazer algo com aquela tempestade de emoções, ou então, iria explodir.