POV: HANNAH SIMMONSA madrugada já avançava. A cidade, lá fora, parecia adormecida — mas aqui dentro, no apartamento dele, o tempo parecia suspenso.Estávamos deitados no enorme sofá da cobertura. A luz era suave, vinda apenas do reflexo da cidade. Ele, deitado ao meu lado, o braço sobre meu abdômen, a mão deslizando preguiçosa pela minha cintura.Em algum momento, ele parou.— Essa… — ele tocou uma das minhas tatuagens, bem abaixo da costela, no lado esquerdo. — É um símbolo nórdico?Assenti, sorrindo de leve.— Vegvísir. A bússola viking. Dizem que ela guia os viajantes mesmo nas piores tempestades. Quando me senti perdida, precisei lembrar a mim mesma que havia um caminho. E que eu ainda podia encontrá-lo.Ele continuou traçando com a ponta do dedo, devagar, como se decifrasse cada linha.— E essa nas costas? — ele perguntou, virando meu corpo com gentileza, puxando o lençol com cuidado.— Um verso de Sylvia Plath. “I took a deep breath and listened to the old brag of my he
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