DaniloQuando percebi o que estava fazendo, já era tarde. Os lábios dela, o cheiro, o sorriso provocante… por um instante, esqueci completamente de Lorena.— Alice... desculpa. Isso não devia ter acontecido. Eu tenho namorada.— Tem namorada, é? — disse ela, encostando-se no balcão. — E pelo jeito, ela não anda te tratando tão bem assim.Saí dali com a cabeça girando, decidido a nunca mais repetir aquilo. Mas repeti.Alice era diferente. O tipo de mulher que sabia o efeito que causava — e usava isso. Era leve, provocante, livre. E, antes que eu percebesse, eu já estava preso naquela armadilha. Beijava Alice na frente do pessoal da banda, mentia pra Lorena sobre os ensaios, sobre as noites “ocupadas”. Eu sabia que era um covarde.Deveria ter terminado, claro que deveria. Mas não consegui. Lorena era tão boa comigo, tão doce. E, nos últimos dias, andava ainda mais carinhosa, como se sentisse que algo em mim estava se afastando.No dia da apresentação, levei Lorena comigo. Quando chegamo
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