Capítulo 12 —Você se lembra do que eu te disse...?Narrador:O telefone vibrou na mesinha de cabeceira. Sofia olhou para ele por alguns segundos antes de atender, respirando fundo.—Alô, papai.A voz grave de Roman chegou instantaneamente, mas não brusca, e sim carregada daquela calma firme que ele só usava com ela.—Olá, filha... como você está?Sofia sorriu levemente, embora seus olhos continuassem úmidos.—Bem. Cansada, mas bem.—Tem certeza, querida, de que está bem? —ele perguntou, com aquela maneira de insistir sem levantar a voz.—Sim, fique tranquilo, papai, estou bem.Roman ficou em silêncio por alguns segundos, como se avaliasse o peso da resposta dela.—Quero que você me conte como estão as coisas com o italiano. Você conseguiu se aproximar o suficiente?Sofia virou-se para a janela, procurando a cidade com o olhar. Em uma mão, ela tinha o celular colado ao ouvido e, na outra, o caderno preto, colado ao peito.—Estou perto, mas ainda não tenho o que você procura. Ele se prot

Capítulo 14 — A lata...Narrador:Sofia continuava ofegante, com a cabeça inclinada para trás, o suor escorrendo pela testa e os lábios entreabertos. Seus pulsos se tensionavam contra as amarras, mas não era para escapar: era o desespero de não saber o que fazer com tanto prazer ainda pulsando em seu corpo.Renzo retirou lentamente os dedos, encharcados, e os ergueu diante dos próprios olhos, como se admirasse um troféu. Ele sorriu sombriamente, maldito. Em seguida, levou-os à boca e os lambeu lentamente, saboreando cada traço dela. Ele fechou os olhos ao fazer isso, como se estivesse desfrutando de uma iguaria proibida.— Mmm... — ele grunhiu baixo, rouco, deixando que ela ouvisse bem — Deliciosa. Exatamente como eu sabia que você seria.Sofia olhou para ele, ainda tremendo, com as bochechas em chamas e os olhos brilhando de raiva e desejo.— Bastardo...Renzo riu, inclinando-se novamente sobre ela, aproximando seus lábios dos dela, tão perto que ela podia sentir o calor de sua respir

Capítulo 16 — Eu queria conhecer o Italiano.Narrador:Renzo afastou-se um pouco, o suficiente para olhá-la diretamente nos olhos.— Você já trabalha para alguém? — perguntou novamente, desta vez com mais severidade.Sofia manteve a calma e, após alguns segundos, finalmente respondeu:— Não. Estou ainda procurando um lugar onde me encaixe.Renzo arqueou uma sobrancelha, curioso.—É por isso que você apareceu na minha festa?—Sim —ela assentiu, com um toque de malícia —Eu queria conhecer o Italiano. O grande Renzo Santini.Ele soltou uma risada baixa e rouca.—E se você não fosse do meu interesse?Sofia sorriu de lado, encolhendo os ombros.—Na verdade, eu não tinha expectativas de ser. Mas sim de conhecer alguém que fosse... favorável para mim.Renzo riu novamente, inclinando-se para ela.—E então apareceram os assassinos e... ti hanno spianato la strada.Sofia olhou para ele fixamente, com as sobrancelhas arqueadas.—De novo com esse italiano de merda.Renzo sorriu maliciosamente, seu

Capítulo 18 — O Plano BNarrador:Mateo estava há horas no laboratório norte, cercado por fórmulas, provetas e vapores. Tudo parecia sob controle, até que um barulho seco na parte de trás o tirou da concentração. Um dos homens de Ignacio entrou correndo.— Temos um problema, chefe! — gritou.Mateo franziu a testa, tirando as luvas.—Que tipo de problema?O homem engoliu em seco.—Um drone. Da DEA. Sobrevoou a área e acreditamos que já capturou imagens do perímetro.O coração de Mateo deu um salto. Era exatamente para isso que Eros havia preparado o álibi, a denúncia falsa, a história do “cientista sequestrado”. Mas ainda não era hora de usá-lo.—E vocês o derrubaram? —perguntou, com a voz mais fria do que se sentia.—Sim, mas não sabemos se ele conseguiu enviar o sinal.Mateo cerrou os dentes. Ele sabia que a DEA não demoraria a agir. E que, se voltassem, ele seria o primeiro na mira. Não podia se dar ao luxo de cometer um erro: nem uma fórmula mal feita, nem um descuido na segurança.

Capítulo 20 —Emiliano DuarteNarrador:Mateo manteve o olhar firme, enquanto Dinorah o cercava como um predador.—Tenho provas —disse ela com voz gelada, fixando os olhos nele—. Fotos suas, misturando fórmulas, trabalhando como um especialista. —Mateo mal piscou. Por dentro, uma certeza o mantinha de pé: aquelas fotos não existiam. Se tivessem algo real, não estariam interrogando-o, estariam colocando-o em uma cela sem mais perguntas. Mas ele não deixou transparecer em seu rosto. Dinorah inclinou-se até quase roçar sua testa. —Vou tirar a verdade de você, Duarte. Mesmo que tenha que ser à força... mas vou conseguir.O silêncio entre os dois era um campo de batalha. Mateo não desviou os olhos, nem mesmo piscou. Estava fascinado por ela, por aquela dureza, por aquela beleza letal que não admitia rachaduras. De repente, a porta se abriu e um oficial apareceu.—Capitã Rancuso... —disse ele com pressa— Precisa vir aqui um momento.Dinorah ficou mais um segundo olhando para ele, como se hesi