Capítulo 3 —MateoNarrador:Alguns dias depois, em outra parte da cidade, a vida seguia um ritmo muito diferente. Mateo, o irmão gêmeo de Sofia, ajustava as luvas de látex enquanto calibrava pacientemente uma balança de precisão. O laboratório ficava escondido atrás da fachada impecável de uma empresa de produtos químicos legais, uma das muitas que serviam de fachada para o clã. Os tubos de ensaio alinhados brilhavam sob a luz branca, as notas químicas se empilhavam em um caderno de couro aberto e o zumbido constante dos extratores preenchia o silêncio como um murmúrio de fundo. A química era seu refúgio, o único lugar onde tudo fazia sentido. As fórmulas eram exatas, os resultados mensuráveis, as temperaturas sempre obedeciam à mesma lógica. Lá não existia traição nem sangue; apenas moléculas que reagiam como deveriam. Tudo era puro, limpo... até que ele se lembrava para quem trabalhava. Para o clã... para seu pai... para o Diabo. Então, o laboratório deixava de ser um santuário e se

Capítulo 5 —O paraíso maldito...Narrador:— Sempre fui boa com frases curtas — respondeu Sofia, com uma voz fraca que escondia a eletricidade que percorria seu corpo.Renzo soltou uma risada baixa e rouca, que vibrou em seu ouvido.— Sim, mas essa não é curta. Essa é provocação.—E daí? —ela arrastou a voz, desafiadora —Doeu quando alguém ousou apontar uma arma para você?—Não doeu. —Seu tom ficou mais grave, mais próximo —O que senti foi outra coisa... uma excitação brutal, algo que ainda está mexendo com minha cabeça.Sofia sorriu para si mesma, recostando-se na cadeira.—Claro, eu entendo, não é todo dia que você encontra alguém que te beija com uma arma na mão.Renzo soltou um murmúrio, cheio de ironia.—Não é todo dia que alguém aponta uma arma para o meu rosto sabendo que eu sou Renzo Santini... o Italiano. Você sabia exatamente quem eu era. E, no entanto, eu não sei quem diabos você é.As palavras soaram como uma reprovação, mas sua respiração pesada revelava outra coisa. Sofi

Capítulo 7 — As redesNarrador:Não importava que a ligação tivesse terminado: ele continuava lá, dentro dela, como um veneno impossível de ser eliminado. Ele se deitou no sofá com o pijama vestido: uma camiseta larga, um short que mal cobria o necessário.O tecido não era suficiente para conter a ansiedade que subia pela sua pele. Suas mãos tremiam, mas não de medo: de desejo. Ela fechou os olhos e passou a língua pelos lábios, lembrando-se do beijo na festa, da boca dele, do gosto de uísque e perigo.—Renzo... —sussurrou, apenas um suspiro.Levou a mão para baixo da camiseta, primeiro roçando a barriga, subindo lentamente até sentir o calor de seus próprios seios sob o tecido. Apertou os mamilos com força, imaginando que eram os dentes dele mordendo-a sem piedade. Arqueou-se um pouco, soltando um gemido baixo.—Caramba... —murmurou, com a respiração cada vez mais acelerada.A outra mão desceu, abrindo caminho pela borda do short, deslizando entre suas coxas até encontrar a umidade qu

Capítulo 9 — Por trás do mitoNarrador:A mansão estava em silêncio. Aylin acomodou-se na cama, esperando que Roman chegasse, mas o relógio avançava e ele não aparecia. Finalmente, levantou-se, vestiu um roupão leve e espreitou pela janela. Lá estava ele: Roman Adler, o Diabo, sentado no banco do jardim, com os cotovelos apoiados nos joelhos e o olhar perdido na escuridão. Aylin desceu silenciosamente, descalça, até chegar ao lado dele. Roman ergueu os olhos assim que a viu e, sem dizer nada, pegou-lhe na mão e puxou-a para si, sentando-a no seu colo. Ele a beijou nos lábios com um suspiro áspero, como se precisasse dela para respirar.— O que há com você? — ela perguntou baixinho, acariciando seu rosto — Você parece muito estressado.Roman encostou a testa na dela, fechando os olhos por um instante.— São os gêmeos. Eles estão me deixando mal. — Aylin olhou para ele em silêncio, esperando que ele soltasse o que estava carregando. — Sofía está atrás do Italiano. — Sua voz saiu grave, p