O escritório de Charles Benson estava silencioso, mas não em paz. O silêncio ali era tenso, carregado de lembranças que ele preferia manter enterradas. Sentado à cabeceira da mesa de reuniões, Charles observava a cidade pela janela, como se os prédios que ajudou a erguer pudessem lhe oferecer respostas. Mas nem concreto, nem vidro, nem aço podiam esconder o que se aproximava. Simon Duarte. Ele estava tentando fazer com esse nome que ele havia apagado dos arquivos, dos corredores, da vida do filho — e que agora ressurgia com força, com prestígio, com presença, fosse agora apagado definitivamente. A porta se abriu sem aviso. Noely entrou com passos firmes, o blazer escuro como armadura, o cabelo preso com precisão, e o olhar carregado de indignação. — Precisamos conversar, Charles — disse ela, sem cerimônia. Charles não se virou. — Eu sei. As coisas estão ficando complicadas. Ela se aproximou, parando ao lado da mesa. — O evento de lançamento da parceria com a Vértice está confir
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