Helena DuarteEu estava nos braços de Davi, perdida em seu beijo. Tudo parecia certo, mesmo sabendo que nossas vidas eram complicadas demais. Ele tinha essa mania de me envolver como se nada mais importasse, como se eu fosse a única no mundo.De repente, a porta do escritório se abriu com um estrondo.— Davi?! — a voz de Mariana ecoou, carregada de surpresa e indignação.Nós nos afastamos no mesmo instante, o coração disparado. Ela estava parada ali, na porta, com os olhos arregalados, como se tivesse presenciado um crime.— O que está acontecendo aqui? — ela perguntou, quase sem fôlego.Davi respirou fundo, ajeitou o paletó e, com a calma que só ele tinha, respondeu:— Não devo nada a você, Mariana. Você é minha funcionária.Vi o rosto dela endurecer, a raiva misturada com decepção. Ela deu um passo à frente, ignorando a frieza dele.— Funcionária? É só isso que eu sou pra você? Então me diga, Davi, o que é ela? — apontou para mim, como se eu fosse uma intrusa em um território que nã
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