Oito horas!Oito horas de silêncio, de inconsciência, de algo que eu não sabia nomear.Quando acordei, a luz atravessava as cortinas. E ela ainda dormia. A observei por alguns minutos, tentando entender o que diabos havia acontecido comigo.A raiva ainda estava ali, quieta, esperando o próximo movimento. Mas junto dela havia algo novo... perigoso, quase terno.Era reconhecimento. A percepção de que, entre todos os jogos que criei, ela era a única jogadora capaz de se manter no tabuleiro, mesmo com tão poucos recursos. Sem dúvida, um bom oponente.Sorri, sem humor. Levantei devagar, tentando não acordá-la.No reflexo do espelho, vi o homem que acordou naquela manhã, não só descansado, mas também desarmado, por uma única mulher. Derringer me envenenava e me curava na mesma proporção. E eu, que sempre soube o
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