Nico, atrás, não reconhecia o seu irmão ou a maneira na qual este estava atuando, mas lhe agradava. Com um gesto, Davide convida Nico a avançar. Atrás dele, Nico não reconhecia o seu irmão ou a maneira na qual este estava atuando, mas lhe agradava. Com um gesto, Davide convida Nico a avançar. Estar ali lhe recordava a ela, Milão cheirava a ela. Moveu-se inquieto no assento, recordando algumas das discussões com os Martini quando Tanya morreu. A primeira coisa que tentou foi deixar-lhes a menina, mas eles não a queriam, ele tampouco. Ninguém a queria. Pensou que lhe doeria desfazer-se dela, mas depois da boda, Rosario o deixou muito claro e ele tampouco a desejava perto, era o constante recordo de Tanya, esses olhos, o seu olhar, intuía que também tinham o mesmo caráter, Tanya era uma mulher muito tranquila, mas em ocasiões era muito explosiva. O seu coração era muito grande, mas amava a sua filha mais que a ninguém nesse mundo. E lhe entregou todo o seu amor, o tempo que pôde.

—Então, cunhada, como está sendo a vida de mãe? Sem dúvida, se te vê bastante bem.—É uma vida muito ativa—diz Chiara, olhando os botões abertos da camisa do seu cunhado, tão só o lugar chamou a sua atenção. —Vamos ao comedor—interrompe Davide, sem tempo a que Nico e Chiara falem nada. Por alguma razão, não lhe gostava que o seu coquete, engraçado e atrevido irmão esteja perto da sua esposa. À medida que todos se dirigem ao comedor, a atmosfera se enche de uma mistura de silêncio e tensão mal velada. Davide, tomando a mão de Chiara com um gesto de posse e afeto, a guia à mesa onde se dispõe um jantar que promete ser tão exquisito em sabor como em apresentação. A mesa está adornada com elegância, as garrafas de vinho, incluída a que trouxe Nico, destacam prometendo complementar os pratos a servir.Nico, sempre o galante, adianta-se para ajudar a Chiara a acomodar-se na sua cadeira, o seu olhar fixo nela um pouco mais do que socialmente esperado. Chiara lhe oferece um sorriso de ag

Chiara parecia visivelmente confusa, mas ao mesmo tempo comovida com todas e cada uma das palavras que disse seu esposo. Ele sim podia amá-la? Por que disse que estava morto?Ele era Davide Queen, frente a ela, seu mesmo esposo. Por que suas palavras foram tão confusas?—O que você quer dizer com isso? —perguntou Chiara, suas mãos tocando as de Davide, ainda com as sequelas desse beijo—. Por que diz que não pode me amar e depois que sim? Você é meu esposo, é Davide, pode ou não? Davide Queen pode me amar?—É mais complicado do que parece à primeira vista, mas te juro que te explicarei no devido momento, Chiara—respondeu Davide, consciente de toda a confusão que havia criado em sua esposa, alentado pelo redemoinho de sentimentos que se haviam acumulado em seu peito durante todo o último mês, toda a semana. E mais naquela noite, onde sentia que seu coração estava por explodir, que sua cabeça se fazia maior e suas emoções tentavam dominá-lo. Isso não podia ocorrer ou sucediam coisas com

—Demônios! —Quando Davide se afastou de Chiara para ver o que passava em sua casa, se topou com uma cena que era melhor não ver, não recordar, não cheirar!Era desse tipo de pessoa que, ao ver os vômitos, cheirá-los, lhe provocava arcadas, vomitava também; ele havia corrido para a cozinha, longe de tudo o que tivesse que ver com isso, com o desastre.Havia ido rodeando a casa, até ficar na entrada, sua mão sujeitando a parede enquanto limpava sua boca, havia vomitado. E menos mal que o fez fora, porque seu irmão menor estava em casa e ele sabia que Daniele Queen era incapaz de cheirar o vômito sem que ele vomitasse também, não podia voltar a entrar nessa casa, não enquanto tudo isso estivesse no meio. Tinha que esperar que Ana conseguisse fazer algo com o desastre, mas intuía que ia demorar. Escutou a porta se abrir, creu que seria o senhor Moretti para levar suas filhas ao hospital, tanto vômito não podia ser normal e nem mencionar o que expulsava a outra gêmea. Se aproximou mais,

Darnelly foi a primeira em ser levada ao hospital pelo chofer de Davide e a senhora Moretti, o senhor Moretti ficou em casa, consolando sua pequena Olimpia, mais que nada, pela vergonha da situação, convencendo Davide para que falasse com ela e lhe dissesse que não passava nada, que coisas assim não estavam sob o controle de ninguém, mas ao parecer, só elas duas foram as afetadas com o jantar, seu pai dizia que era mais provável que se tratasse da comida do avião, porque elas duas foram as que a comeram e que por isso os senhores Moretti se encontravam bem.Demorou mais do que o devido em limpar todo o desastre, trabalho que teve que fazer Ana, Dav havia acordado pelo escândalo e Chiara estava com ele em seu quarto. —Falarei com ela—lhe assegurou Davide a seu sogro. Passou pelo salão com o nariz coberto com uma mão, já ali não havia nada e Ana se havia assegurado de que não ficasse nem rastro do cheiro, mas ele sabia que o cheiro a vômito era muito persistente e não confiava em nada.