Fui direto para o banho, e quando a água quente caiu sobre mim, não consegui segurar a risada sozinho. Eu não acredito… até a calcinha dela era da Batgirl. Era grande, confortável, cobrindo tudo… e mesmo assim me deixou duro. Que loucura.Apertei os olhos, respirei fundo e encostei as mãos na parede do box. Eu já tinha visto de tudo, lingerie de renda, fio-dental, conjuntos caríssimos de grife… mas nunca uma calçola temática. E, de alguma forma, aquilo me deixou em chamas.Ryan, você enlouqueceu. De Shrek a Batgirl, você está ficando colecionador de pijamas e calcinha de desenho animado.Sorri sozinho, com a água escorrendo.— Hoje à noite eu vou descobrir a coleção dela… — murmurei.Será que ela tem uma calcinha da Fiona? Se tiver, estou perdido. Vou perguntar se existem cuecas também, temáticas, porque se ela resolver me colocar com cueca do Shrek ou do Patolino, eu visto. Visto e não tô nem aí.A ereção não me dava paz. A lembrança da pantuf

O Vestido da Fiona Saímos da clínica, já com tudo marcado para os próximos exames. Eu estava tenso, mas como sempre, Aimée conseguiu arrancar de mim um riso mesmo nas horas mais difíceis. Assim que entramos no carro, ela ligou o celular e anunciou para o mundo: — Boa tarde, pessoal. Aqui quem fala é a Fiona. E o Xurek está do meu lado. Nós estamos indo para o Walmart comprar o meu vestido de noiva. Sim, vocês ouviram direito. O meu vestido de noiva vai ser do Walmart. E eu quero que vocês me ajudem a escolher. Arregalei os olhos, já sabendo que ela ia causar. E completei, para provocar: — Mas, gente, vocês podem imaginar que ela vai comprar também uma lingerie daquelas bem sexys, como a da Batguel que ela estava vestindo ontem à noite. Aimée virou na hora, com aquele olhar indignado. — Pelo amor de Deus, Ryan! Para de contar os meus segredos, as minhas intimidades, senão eu vou comprar também cuecas temáticas para você combinar comigo. Não aguentei, comecei a gargalhar. — Se vo

O abraço da FionaChegamos em casa já cansados, mas com o coração cheio daquele dia maluco. Assim que a porta se fechou atrás de nós, eu não resisti: abracei Aimée com toda a força que eu nunca usei para abraçar ninguém. Apertei, respirei o perfume dela, deixei meu rosto encostar no pescoço macio dela.— Aimée… minha Fiona… — sussurrei.Ela ergueu o rosto e me olhou com aquele olhar debochado que só ela tem.— O que você quer, Shurek? — disse, rindo, como quem não leva nada a sério.Olhei direto para os olhos dela, sem medo. — Eu estou me apaixonando por você.Ela travou. Ficou sem fala. E esse silêncio dela, que nunca fica sem resposta, só me deu mais coragem. Segurei o rosto dela entre as mãos e beijei. Não foi beijo de brincadeira, não foi cena para as redes sociais, foi beijo de homem que se entrega. Beijei com vontade.— Você é totalmente diferente de todas as pessoas que eu conheci — falei, ainda sem soltar a boca dela.

Eu estava em cima dela, rindo e beijando, o sangue fervendo, e Aimée ainda tentando segurar as risadas, empurrando meu ombro, mas não com força de verdade. Era aquele jeito debochado dela, que me fazia perder o rumo.— Ryan… o peru de Natal tá duro… por você! — disse, rindo alto, quase chorando de tanto rir.— Por favor, Fiona, não faz isso comigo não… — pedi, ofegante, já sem saber se ria ou se chorava de desejo.Ela me olhou, mordeu o lábio e disse, ainda rindo:— Eu só vou ter que me acostumar com o tamanho do teu peru… porque esse aí deve pesar uns dez quilos!Eu gargalhei, rolei para o lado da cama levando ela comigo, e ficamos os dois rindo sem parar, rolando de um lado para o outro, entre beijos, cócegas e provocações.Ela me batia de leve no peito, eu segurava os pulsos dela, e cada vez que eu tentava beijar, ela escapava, rindo mais ainda.— Você é impossível, Fiona. Impossível! — falei, prendendo ela de novo de

“Entre Samba-Canção e Calçolas”RyanEu nunca pensei que a minha vida fosse virar isso. Eu, Ryan D. Lemaire, o cara que já desfilou ao lado de modelos, atrizes, socialites, hoje me vi dentro do banheiro com uma Fiona de pijamão temático… e confesso: era o melhor dia da minha vida.Ela saiu do quarto rebolando com aquela raba redonda, e eu quase escorreguei no tapete só de acompanhar o balanço. Meu coração, acostumado a batidas frias de festas vazias, agora fazia batuque de escola de samba.— Anda logo, Shurek! — ela gritou, puxando o chuveiro. — Ou vai ficar aí babando na paisagem?— Eu tô apreciando a obra-prima que Deus fez — respondi, entrando e já tirando a camisa. — Pena que Ele resolveu exagerar nas curvas… vou ter que colocar placa de trânsito: perigo de colisão.Ela gargalhou, daquele jeito debochado que me desmonta.— Placa de trânsito nada, aqui é estrada vicinal, só entra quem tem coragem.Tirei