Em vez de se despir de forma envergonhada, Olívia decidiu responder à altura. Ela era esperta, essa mulher provocadora. Cheia de truques, não consegue se render. Ela se levantou e, de modo insinuante e provocativo, começou a tirar a camisa, os olhos fixos nos de Liam, um sorriso pequeno brincando em seus lábios. De onde vinha essa coragem? Liam, a princípio, parecia indiferente, mas aos poucos, a frieza de seu rosto se esvaiu. Essa mulher é fogo. A máscara de autocontrole que sempre usava parecia estar prestes a desmoronar. Ela estava provocando. E ele não estava resistindo mais a essa mulher. Quando ela estava apenas de lingerie, a pele pálida e macia contrastando com a cor escura da seda, ela fingiu não perceber que ele estava hipnotizado por seu corpo. Estava imaginando todas as coisas que gostaria de fazer com aquele corpo agora mesmo. — Você só vai ficar olhando? — ela perguntou, a voz cheia de falsa inocência, os olhos brilhando com diversão. Liam foi pego de surpresa. El

A enfermeira abriu a porta do quarto do hospital, e o cheiro de antisséptico invadiu as narinas de Olívia. Ela entrou, a sua mente em branco, o corpo tremendo. Seu coração, que estava batendo em um ritmo acelerado, parecia prestes a parar. A sua vovó Claire estava deitada na cama, a pele pálida e fina como papel, os ossos do seu corpo se destacando. A vida parecia ter se esvaído de seu corpo, restando apenas uma figura frágil e doente. Olívia se sentiu devastada com a visão. Lágrimas se acumularam em seus olhos, mas ela as segurou, se recusando a chorar fechou-os tentando encontrar forças agora. Sua mente foi para o passado, quando ainda era menina e a vovó Claire jovem e saudável. O aroma de jasmim e a brisa suave da tarde. Olívia se sentou na grama, o sol em seu rosto, as mãos de Vovó Claire em seu cabelo. A sua avó, com um sorriso suave, estava fazendo uma guirlanda de flores, os dedos ágeis. — Você é tão bonita, minha menina. — Vovó Claire sussurrou. Olívia sorriu, fechand

No quarto do hospital, o silêncio era pesado, preenchido apenas pelo bip monótono da máquina de monitoramento cardíaco. Liam estava ao lado da cama de vovó Claire, o corpo rígido, o rosto uma máscara de controle. Seus olhos, no entanto, eram o único lugar onde a emoção podia ser vista, uma tristeza contida, um pesar que ele não permitia que escapasse. A voz de vovó Claire, antes cheia de vida e risadas, era agora um sussurro frágil, cada palavra uma luta. - Não vou aguentar muito mais, meu garoto. Você sabe, não é? Liam apenas acenou com a cabeça, o maxilar trancado. Ele não precisava de palavras para que ela soubesse que ele entendia. O silêncio entre eles era uma linguagem própria, cheia de respeito e dor compartilhada. E então, vovó Claire continuou, a voz ficando mais forte, embora ainda fraca. - Eu tenho um pedido, Liam. Quero... que você repasse tudo... Todos os ativos, tudo que... está em meu nome… para Olívia. É o que ela merece. É o que eu quero. O olhar dela se torn

Desde que vovó Claire partira, o peso da dor parecia tê-la consumido, deixando-a mais leve e frágil a cada dia. A casa, à beira-mar e com uma praia particular, era um refúgio para o luto. Um lugar para o silêncio que Olívia precisava no momento, desde que os Irving souberam da morte de vovó Claire insistiam em falar com ela, mas Liam a mantinha protegida deles. Em silêncio, no banheiro, o único som era o das ondas quebrando na praia. Ele sentou-a na borda da banheira, com cuidado, retirando suas roupas. Olívia estava em inércia, fazendo tudo mecanicamente, a mente longe. Liam ligou o chuveiro, e o vapor quente encheu o ar. As primeiras gotas de água que atingiram sua pele pareciam quebrar a barreira que a impedia de chorar. Olívia desabou, os soluços ecoando no banheiro. A tristeza que ela segurava por tanto tempo, finalmente explodiu. Liam não hesitou. Ele entrou debaixo do chuveiro, a roupa encharcando em segundos. Ele a abraçou, a segurando forte, o rosto dela escondido em se

A memória da noite de noivado com Edward, tão perfeita, se desfez em pura decepção. Parecia um ciclo interminável em sua vida. A ilusão de felicidade e depois a realidade crua. Olívia se lembrou daquele momento, estava caminhando por um corredor. Procurava o banheiro, mas vozes abafadas a fizeram parar. O som vinha de uma porta entreaberta. Ela sorriu, pensando ter reconhecido a voz de Edward, e se aproximou. O sorriso se desfez quando ela notou que as vozes estavam sussurrando. Uma curiosidade estranha a fez se aproximar, e então, ela ouviu. Um gemido úmido, um beijo? Era um som que a fez congelar. O coração em seu peito parou de bater, e o ar em seus pulmões sumiu. Ela se inclinou, o pânico tomou conta de seu corpo, e espiou pela fresta. O seu mundo desabou. Edward estava lá, com as mãos dele no corpo de uma mulher, não qualquer mulher, Suzy Renolds. Seu primeiro amor, todos falavam dela para Olívia, uma comparação maldosa. Agora os lábios dele estava nos dela. O beijo era intens