Ela estava tendo um pesadelo. Talvez fosse sobre o sequestro, Liam se aproximou, não sabia muito bem o que fazer, nunca foi bom em consolar os outros. — Não quero ficar sozinha... — ela murmurou, a voz cheia de desespero. Ele não hesitou. Ele se inclinou, a pegou nos braços e a abraçou de forma gentil e apertada. Ele queria que ela soubesse que ela não estava sozinha. Sua presença era uma âncora de segurança para ela, uma barreira contra o passado. Ele a segurou firme, o corpo dela relaxando contra o calor dele. Olívia se aconchegou contra ele, o calor a envolvendo, o pesadelo se dissipando com o toque de seu corpo. Liam a embalou em seus braços, a promessa silenciosa de que ele nunca mais a deixaria sozinha. Era um risco, mas ele estava cada vez mais convicto de manter Olívia ao seu lado. Liam observava a escuridão da noite pela janela, já fazia algumas horas que estavam no hotel. Ele sentiu um movimento e virou a cabeça, vendo Olívia abrir os olhos lentamente, o corpo aninha

Liam permitiu que ela o tocasse, hipnotizado pela imagem dos lábios de Olívia. Enquanto se aproximava dele, ela prometeu internamente a si, seria corajosa. Não ia mais deixar as coisas irem embora. Tomou sua decisão. Decidiu viver e aproveitar o que estva a sua frente. A proximidade começou a afetar Liam, sabia que não era uma boa ideia se deixar levar assim, perdendo o controle, se entregando a sentimentos perigosos, mas já fazia tanto tempo que não se sentia atraído dessa forma, fazia muitos anos que ele não sentia a necessidade de correr o risco. O beijo foi suave. Olívia então avançou, o calor que emanava do corpo dele era reconfortante. Ele beija bem. Antes que pudessem processar o que estava acontecendo, Olívia se sentou sobre o colo de Liam, aprofundando o beijo. Era perfeito. Instintivo. Ele correspondeu sem se dar conta do quanto estava se entregando, a trouxe para perto, sentindo seu corpo próximo do seu. Ela deu passagem para a língua dele, era óbvia a falta de experiê

A luz fraca da manhã e o toque do lençol na pele nua, foram os primeiros sinais que Olívia notou. Ela sentiu uma dor de cabeça leve e a boca seca. Murmúrios, vozes distantes. Quem poderia estar falando tão cedo no seu quarto. Ela franziu o cenho e tentou se sentar, mas o corpo estava dolorido. Uma onda de memórias a atingiu como um tsunami, o sequestro, o desespero e… o vinho. Eles... eles fizeram sexo. Mais de uma vez. Foi bom. Ficou paralisada. Uma vergonha imensa a atingiu. Foi intenso. Ela queria se esconder, se enfiar em um buraco e nunca mais sair. Olívia era casada com ele, eram adultos, estavam afim... mas o constrangimento era demais. Ela se escondeu debaixo do edredom, o corpo trêmulo, o coração batendo com um ritmo estranho. Liam devia estar pensando que ela era uma mulher fácil. - Que droga você fez Olívia? A porta do quarto se fechou, encerrando a conversa de Liam e Henry, o som distante reverberou pelo quarto fazendo Olívia se encolher como se fosse possível se

O tédio da espera começou a tomar conta de Olívia, um fardo pesado que a fez querer se afundar no sofá. A conversa com a mãe e a mensagem anônima haviam drenado toda a sua energia, deixando-a com um vazio frustrante. Ela pegou o controle remoto e desligou a TV, a luz da tarde entrando no quarto a envolveu. O silêncio era tão pesado que ela sentiu falta do som dele. Ah, de todas as pessoas que poderia pensar, apenas a presença dele ela queria. Liam. Liam Hawksmoor. — Liam, seu idiota. — ela murmurou para si mesma, sentindo um calor no rosto. Ela odiava admitir, mas sentia a falta dele. Sua companhia estava se tornando uma referência nos seus dias. Você está sendo boba Olívia. Os olhos dela ficaram pesados. Ela se ajeitou no sofá, aninhando a cabeça em uma almofada, e se entregou ao sono. - Estou cansada de ficar sozinha aqui. Liam estúpido! Olívia disse com a voz baixa e sonolenta. E, enquanto era embalada pelo sono, teve a sensação de alguém rindo. Ela conhecia esse som, era

Liam sentou-se na poltrona do quarto depois de colocar a sua esposa na cama e falar com Henry, o silêncio da suíte quebrado apenas pelo som da respiração suave de Olívia. Ele a observou, o rosto dela relaxado no sono. Um sorriso fraco brincou em seus lábios, mas a confusão em sua mente era uma distração constante. Não sabia desde quando. Era um homem concentrado e frio, mas desde que essa mulher entrou em sua vida. Não. Desde que foi buscar ela, as coisas estavam saindo do seu controle, sentia uma estranha necessidade dela. Olhando seu rosto sereno, pensou no passado, em como ele a via. Não tinha memórias. Uma figura borrada, que ele ignorava. A filha mais nova da família Irving. Ele nunca se importou com ela, estava sempre nos cantos ou em casa. Depois que o desgraçado do noivo a abandonou não saía mais. Quando ele pensou que ela tinha sido a responsável pela morte de Rebeca, perdeu a cabeça, gritou tantas vezes naquela casa, quis estrangulá-la com as próprias mãos. Ele sentiu a r