Engoli em seco e fui andando, enquanto olhava para Fred, confusa. Quando cheguei nas escadas, Oleg perguntou ao guitarrista, o homem que tinha acabado de tirar a minha virgindade:— Preciso pagá-la ou o kit de agradecimento basta? – riu, falando como se eu não estivesse ali.Fred me olhou rapidamente e por um segundo, sim, um mísero segundo, cheguei a reconhecer o cara que esteve comigo minutos atrás. Até que o azul de seus olhos foi tomado de um tom escurecido quando disse, em alto e bom som:— Seja muito gentil financeiramente com ela, porque merece!Oleg me empurrou, sem muita força, somente para deixar claro que eu sairia do ônibus com minhas próprias pernas, ou pelas mãos dele. Antes de descer, olhei para Fred, que fixava o olhar num ponto qualquer, como se eu fosse um ingresso que se usa e depois joga na lata de lixo.— Eu... nunca quis nada em troca –
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